A VESPA E O PRÍNCIPE.
Uma vespa chamada Rabo de Agulha há muito procurava algo para fazer que a tornasse mais famosa que os seus pares, e, se possível, até mesmo para sempre. Um dia, ela entrou no palácio do rei e picou o principezinho que estava na cama. O príncipe acordou gritando muito. O rei e seus cortesãos correram para ver o que tinha acontecido. O príncipe gritava e a vespa continuava picando. Os cortesãos tentaram pegar a vespa, e cada um por sua vez também foi picado. Todos no palácio real correram para lá, rápido a notícia se espalhou e as pessoas vieram em bando.
A cidade estava em polvorosa, todos os negócios suspensos. Disse a vespa para si mesma, antes de morrer de tanto esforço, “Um nome sem fama é como fogo sem chama”. Nada como chamar atenção a qualquer preço”
MORAL
Cuidado com aqueles que fazem de tudo sem escrúpulos para aparecer, inclusive pisar na sua cabeça se necessário for.
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Mesmo quando ralham comigo, tenho minha cota de fama.
Pietro Aretino, 1492-1556
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OSTENTE E SEJA VISTO... O QUE NÃO É VISTO É COMO SE NÃO EXISTISSE... FOI A LUZ QUE DEU BRILHO A TODA A CRIAÇÃO. A EXIBIÇÃO PREENCHE MUITOS ESPAÇOS VAZIOS, ENCOBRE DEFICIÊNCIAS, E FAZ TUDO RENASCER, ESPECIALMENTE SE APOIADA PELO MÉRITO AUT~ENTICO.
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Luzes da Ribalta.
O Ator que se coloca sob as luzes dos refletores acentua a sua presença. Todos os olhos estão sobre ele. Só há espaço para um ator de cada vez sob esse estreito raio luminoso, portanto, todo cuidado é pouco com aqueles que fazem qualquer coisa para ficar em foco.
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Pois, como diz Cícero, até os que condenam a fama querem os seus nomes no título dos livros que escrevem contra ela, e esperam se tornar famosos por desprezá-la. Tudo o mais está sujeito a barganha: permitimos que nossos amigos fiquem com nossos bens e nossas vidas, se for necessário; mas é raro dividirmos nossa fama e darmos de presente para alguém a nossa reputação.
Montaigne, 1533 - 1592
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