Parábola do Semeador

Parábolas de Crescimento e Vigilância

 

 

“Afluindo uma grande multidão e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse-lhes Jesus, por semelhança:

 

Saiu o que semeia a semear a sua semente. E, ao semeá-la, uma parte caiu junto ao caminho, foi pisada e as aves do céu a comeram.

 

Outra caiu sobre pedregulho onde não havia muita terra; nasceu depressa; mas, logo que saiu o sol, entrou a queimar-se e, como não tinha raiz, secou.

 

Outra caiu entre espinhos e logo os espinhos que nasceram com ela a afogaram.

 

Outra, finalmente, caiu em boa terra, vingou, cresceu, e alguns grãos deram fruto a trinta, outros a sessenta, e outros a cento por um.

 

Dito isto, começou a dizer em alta voz:

O que tem ouvidos de ouvir, ouça.

 

Então os seus discípulos lhe perguntaram que queria dizer essa parábola e ele, explicando-a, lhes respondeu:

 

A semente é a palavra de Deus.  A que cai à beira do caminho, são aqueles que a ouvem; mas, depois, vem o mau e tira a palavra de seus corações para que não suceda que, crendo, sejam salvos.

 

A que caiu no pedregulho significa os que recebem com gosto a palavra, quando a ouvem; mas, não tendo raízes, em sobrevindo a tribulação e a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam e voltam atrás.

 

Quanto a que caiu entre espinhos, são os que ouvem a palavra; mas, os cuidados deste mundo, a ilusão das riquezas e as outras paixões, a que dão entrada, afogam a palavra e assim fica infrutuosa.

Mas a que caiu em boa terra são os que, ouvindo a palavra com coração reto e bom, a  retêm e dão fruto com perseverança.

 

INTERPRETAÇÃO

 

Nesta parábola, Jesus retrata magistralmente o feitio moral de cada um daqueles aos quais o Evangelho é anunciado.

 

Conforme a sua má ou boa vontade na aceitação da palavra de Deus e a maneira como procedem após tê-la ouvido, os homens podem ser classificados como “beira de caminho”, “pedregal”, “espinheiro” ou “terra boa”.

 

Os beira de caminho” referem-se aos indiferentes, isto é, aqueles ainda imaturos, não preparados para tal semeadura, indivíduos que se expressam mais pelo estômago e cujos corações se mostram insensíveis a qualquer apelo de ordem mais elevada.

 

O “pedregal” diz respeito a uma classe de pessoas de entusiasmo fácil, que, ao se lhes falar do Evangelho, aceitam-no prontamente, com júbilo; mas, não encontrando, dentro de si mesmas, forças suficientes para vencerem o comodismo, os vícios arraigados, os maus desejos, etc. sentem-se incapazes de empreender a reforma de seus hábitos, a melhora de seus sentimentos, e, se acontece surgirem incompreensões e dificuldades por causa da doutrina, então esfriam de uma vez, voltando, presto, ao ramerrão de vida que levavam.

 

Os “espinheiros” são aqueles que, embora já tenham tido notícias dos ensinamentos evangélicos, e os admirem, e os louvem até, sentem-se, todavia, demasiadamente presos às coisas materiais que consideram mais importantes que a formação de uma consciência espiritual. O medo do futuro, a luta pela conquista de garantias pessoais , vantagens e luxuosidades, sufocam, no nascedouro, os sentimentos altruísticos ou qualquer movimento de alma que implique a renúncia aos seus queridos tesouros terrestres.

 

Vejamos o exemplo do grego Aristides.

 
 

"Encarregado das finanças de Atenas quis de início se comportar como homem de bem e impedir de roubar aqueles que estavam abaixo dele; logo foi acusado de ser o maior ladrão [...] e com grande dificuldade pôde evitar ser condenado.  Tendo enfim sido absolvido e continuado em seu cargo por algum tempo, resolveu se comportar como os outros tinham feito antes dele deixando roubar aqueles que tinham o costume de fazer isso, e então foi considerado por todos homem de bem."

 

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Lembre-se: Deus não vai lhe perguntar qual foi o seu maior salário, mas sim o quanto você comprometeu o seu caráter para consegui-lo.

 

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"De tantotriunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto"

 

Rui Barbosa

 

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Vejamos o exemplo no conto de nome "Quando as águas Mudaram":

 

Certa vez, Khirdr, o professor de Moiséis, fez um alerta à humanidade. Numa determinada data, todas as águas do mundo, menos as especialmente reservadas, desapareceriam. Em seguida  seriam substituídas por uma água diferente que deixaria os homens loucos. Apenas um homem entendeu o significado desse aviso e guardou uma certa quantidade de água num lugar seguro, esperando acontecer a mudança.

 

Na data indicada os rios deixaram de correr, os poços secaram e o homem que tinha entendido, vendo tudo isso acontecer, foi para o seu esconderijo e bebeu da água reservada. Quando viu, do seu posto seguro, que as cachoeiras estavm novamente correndo, ele voltou ao convívio dos outros filhos dos homens, observando que eles agora pensavam e falavam de outra maneira totalmente diferente, mas não se lembravam do que tinha acontecido, nem de terem sido avisados. Quando tentou falar com eles, percebeu que o julgavam louco, e se mostravam hostis ou compadecidos, mas não o compreendiam.

 

No início ele não bebia da nova água, voltando ao seu esconderijo todos os dias para se abastecer nas suas reservas. Finalmente, não suportando mais a solidão em que a sua vida tinha se transformado, porque ele se comportava e pensava diferente de todo mundo, resolveu beber da nova água. Bebeu e se tornou um deles. Depois não lembrou mais da sua reserva de água especial e passou a ser visto como o louco que havia milagrosamente recuperado a razão.

 

TALES OF THE DERVISHES, IDRIES SHAH, 1967

 

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Os definidos como “terra boa” personificam adeptos sinceros nos quais as lições do Mestre Divino encontram magníficas condições de receptividade. Abraçam o ideal cristão de corpo e alma e se esforçam no sentido de pô-lo em prática.  Embora sofram tropeços e fracassem algumas vezes, perseveram, animosos, resultando de seu trabalho abençoados frutos de benemerência e de amor ao próximo.

 

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Exemplos de pessoas que se mantiveram firmes ao seus princípios apesas da imensa adversidade

 

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[...] A obstinação que tende para um fim virtuoso deve ser chamada de constância; como foi a de Epicari, libertina romana, que, sabedora de uma grande conspiração contra Nero, teve tamanha constância que submetida às mais duras torturas que se possa imaginar, não denunciou nenhum dos cúmplices; contudo, perante o mesmo perigo, muitos nobres cavaleiros e senadores covardemente acusaram irmãos, amigos e as mais caras e íntimas pessoas que tinham no mundo. Que diríeis daquela outra que se chamava Leona, em cuja honra os atenienses erigiram diante da porta do rochedo uma leoa de bronze sem língua, para representar nela a constante virtude da taciturnidade? Porque, sendo ela igualmente conhecedora de uma conjuração contra os tiranos, não se assustou com a morte de dois grandes homens seus amigos e, embora submetida a infinitas e crudelíssimas torturas, jamais denunciou nenhum dos conspiradores. [...]

 

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[...] Camma foi uma belíssima jovem. Dotada de tanta modéstia e costumes gentis que era maravilhosa tanto por isso como por sua beleza; e acima de todas as coisas amava o marido, que se chamava Sinatos. Aconteceu que um outro gentil-homem, de condição bem mais elevada que Sinatos e uma espécie de tirano da cidade onde moravam, apaixonou-se por ela; e após ter insistentemente tentado possuí-la por todos os meios, e tudo em vão, persuadindo-se de que o amor que ela sentia pelo marido fosse o único obstáculo aos seus desejos, mandou matar Sinatos. Depois, continuando a insistir, não obteve frutos diferentes dos de antes; daí, crescendo aquele amor a cada dia, decidiu toma-la como esposa, embora ela fosse de condição muito inferior à dele. Assim, tendo Sinorige ( era o nome do enamorado ) feito o pedido aos pais, começaram a persuadi-la a aceita-lo, mostrando-lhe que o consentimento seria assaz útil e a negação perigosa para ela e para todos. Essa, depois de contradizê-los por algum tempo, por fim respondeu que ficaria contente. Os pais transmitiram a novidade a Sinorige, o qual, muito feliz, tratou de celebrar as núpcias imediatamente. Portanto, indo ambos para tal efeito solenemente ao templo de Diana, Camma fez com que levassem uma certa bebida doce, que ela havia preparado; assim. Diante do simulacro de Diana, na presença de Sinorige bebeu a metade; com suas mãos, pois isso era costume nos casamentos, e deu o restante ao esposo que bebeu tudo.

 

Tão logo viu seu propósito realizado, toda contente se ajoelhou ao pé da imagem de Diana e disse:

 

“Ó deusa, tu que conheces o mais íntimo de meu coração, sirva-me como testemunho de quão dificilmente, após meu caro consorte ter morrido, me contive para não me dar o mesmo fim e com quanto esforço suportei a dor de permanecer nesta amarga vida, na qual não senti nenhum outro bem ou prazer, exceto a esperança de vingar-me, que agora satisfiz; por isso, alegre vou desfrutar a doce companhia daquela alma, que na vida e na morte mais que a mim própria sempre amei. E tu, celerado, que pensaste ser meu marido, em vez do leito nupcial dá ordens para preparar teu sepulcro, pois de ti faço sacrifício à sombra de Sinatos.”

 

Estarrecido com estas palavras e já sentindo a força do veneno que o perturbava, Sinorige procurou muitos remédios; de nada valeram; e Camma, antes de morrer, teve ainda a fortuna favorável, ou algo que o valha, de saber que Sinorige morrera.

 

 Segmento de texto extraído do livro “O Cortesão” do autor Baldassare Castiglione, 1478 - 1529

 

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O clima organizacional da corte fazia com que as pessoas que venerassem a verdade, desejassem o bem alheio, praticassem o altruísmo, fossem tachados  de insubmissos, radicais e outros adjetivos da espécie e isto  porque expunham de forma contundente a inação, a omissão e as falhas dos cortesãos amigos do rei que sempre tinham um lado autoritário mal resolvido que buscavam compensar com o prejuizo  alheio. Desta forma, a cultura da corte só favorecia aqueles que se escondiam no conforto da omissão, assim agia todos os considerados 'sábios da corte'. Já o veraz - aquele que vai para desertos sem deuses e na areia amarela e queimado do sol, olha de soslaio, sedento, para as ilhas ricas em fontes de águas cristalinas, onde seres vivos descansam sob as sombras escuras das árvores frondosas, mas sua sede não o convence a se tornar como esses confortáveis. Ainda que famintos, solitários, redimido de deuses e adorações apenas da boca para fora como os sábios da corte, preferem a solidão do deserto ao conforto de onde moram os bem nutridos - os animais de tiro - aqueles que puxam, como asnos, arreados, a carroça do rei, ainda que resplendam com arreios de ouro.

 

Segmento de texto extraído do livro “O Cortesão” do autor Baldassare Castiglione, 1478 - 1529 e

do livro "Assim Falou Zaratustra" do autor Friedrich Nietzsche.

 

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Jesus usa o crescimento das plantas como imagem do reino de Deus, e, portanto, da criatividade e desenvolvimento espiritual. Daí as parábolas do Semeador, da semente que cresce em segredo, ou do grão de mostarda.

 

Na história das religiões sempre houve correntes que negam o elemento dinâmico e querem converter a vida religiosa em simples obediência a um conjunto de regras detalhadas, muito útil para uma classe dominante autoritária.

 

Crescimento implica em mudança e transformação, que tantas vezes dá resultados surpreendentes.  Os santos e os iluminados têm uma compreensão penetrante de como se dá a transformação espiritual e dos grandes obstáculos que ela encontra. Como Jesus explica, a palavra pode cair em espíritos rasos, superficiais, como a semente em terreno pedregoso, ou entre os espinhos que a estrangulam: como “os cuidados do mundo e o falso encanto da riqueza” fazem esquecer a espiritualidade.

 

Esta transformação não pode resultar apenas de um esforço consciente, operado pela  simples “força de vontade”, a que se dá uma importância excessiva nos tempos de hoje. Isto está bem expresso na parábola da semente que cresce em segredo, que é uma espécie de adendo à do semeador.  O crescimento secreto da semente plantada surpreende o agricultor, e enquanto ele dorme dá-se o notável milagre:

 

“Pois a terra produz por si própria, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga. Quando o fruto amadurece, ele logo aplica a foice, pois chegou a hora da safra” (Mc.4, 28-9)

 

O agricultor que dorme não está sendo negligente ou preguiçoso e sim pondo a sua fé no milagre da germinação. E esta fé e confiança são como a do trabalhador espiritual ou reformador que é capaz de esperar que as coisas sigam o seu curso ou do artista ao compor uma grande obra que espera a vinda da inspiração.

 

A paciência de esperar que as plantas cresçam; que o espírito atue, ou venha a graça divina, é contrária à mentalidade da atual sociedade capitalista que põe todas as suas esperanças exclusivamente no trabalho, na força de vontade egocêntrica, no espírito agressivo de conquista e atividade, julgando-se que todos os problemas importantes podem ser resolvidos trabalhando-se mais ou dormindo-se menos.

 

Há  um tempo apropriado para tudo; uma das virtudes do sábio é a paciência de saber esperar por ele. O homem virtuoso e prudente é comparado ( mais uma parábola!) à árvore que dá frutos na estação apropriada.

 

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Fonte:

Parábolas Para Nosso Tempo – Vamberto Morais

Parábolas Evangélicas – Rodolfo Calligaris

com adaptação

 

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[...] como igualmente em vão trabalha qualquer bom agricultor que se pusesse a cultivar e semear com ótimo trigo a areia estéril do mar, pois a esterilidade naquele lugar é natural; mas, quando à boa semente em terra fértil, com a temperatura do ar e chuvas convenientes às estações, se soma ainda a diligência do cultivo humano, vemos sempre nascer frutos abundantes; nem por isso o agricultor é a única razão daqueles, embora sem ele pouco ou nada valeriam todas as demais coisas. Assim, há muitos príncipes que seriam bons, caso seus espíritos fossem bem cultivados; e a esses me refiro, não àqueles que são como a região estéril e tão alheios à natureza dos bons costumes que não basta nenhuma disciplina para colocar seu espírito no caminho certo.

 

Texto   extraído  do Livro “ O Cortesão”,  publicado pela primeira vez em 1528, de autoria de Baldassare Castiglione.

 

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A sociedade moderna faz com que as pessoas que venerem a verdade, desejem o bem alheio, pratiquem o altruísmo, sejam tachados  de insubmissos, radicais e outros adjetivos da espécie e isto  porque expõe de forma contundente a inação, a omissão e as falhas daqueles que detêm o poder que quase sempre têm um lado autoritário mal resolvido que buscam compensar com o prejuizo  alheio. A cultura atual aparenta favorecer aqueles que se escondem no conforto da omissão. Já o veraz - aquele que vai para desertos sem deuses e na areia amarela e queimado do sol, olha de soslaio, sedento, para as ilhas ricas em fontes de águas cristalinas, onde seres vivos descansam sob as sombras escuras das árvores frondosas, mas sua sede não o convence a se tornar como esses confortáveis. Ainda que famintos, solitários, redimido de deuses e adorações apenas da boca para fora, preferem a solidão do deserto ao conforto de onde moram os bem nutridos - os animais de tiro - aqueles que puxam, como asnos, arreados, a carroça do senhor, ainda que resplendam com arreios de ouro.

 

Segmento de texto adaptado do livro "Assim falou Zaratrustra", do autor Friedrich Nietzsche.

 

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Em decorrência da imutável natureza humana, surgem alguns provérbios os quais alguns transcrevo abaixo:

 

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"Quando eu estava contente, pensava que conhecia os homens,

mas o destino quis que eu somente os conhecesse no infortúnio"

 

Cecil Rhodes

 

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"Na hora da verdade, quando o cara tem uma arma apontada para a cabeça,

é aí que ele mostra quem é realmente"

 

Sam Giancana

 

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"Mil  amigos não  significam  nada; um único inimigo, sim."

 

Al Capone

 

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"Seja gentil com todos, sociável com vários, familiar com alguns e amigo de poucos"

 

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"Na fértil terra das promessas, muitos morreram de fome."

 

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"Não julgue os outros por aquilo que eles lhes dizem"

 

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"Todos os homens são bons, enquanto você não solicitar ajuda"

 

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"Leva-se menos tempo para se conhecer dez países do que alguns homens"

 

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Os lobos perdem os dentes mas nunca sua natureza

 

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Acredite na natureza humana, não na promessa

 

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Você conhece um soldado somente quando ele se torna oficial

 

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Muitas palavras, muitas mentiras

 

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Trate um estranho como amigo; confie nele como se fosse um estranho

 

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No mar todos os homens são irmãos, porém os que possuem um salva-vidas talvez não queiram compartilhá-lo

 

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A  APLICAÇÃO  DO ENSINAMENTO  NO TRABALHO

 

O marketing pessoal efetivo envolve o mesmo princípio. Prepare com cuidado o solo no qual pretende plantar a semente do trabalho. Para isso, cultive e prepare o solo por meio de uma conduta harmoniosa e cooperativa. Plante em abundância as melhores sementes de serviço, pois nem todas germinarão. Não espere colher o pagamento antes de semear. E depois da semeadura não se impaciente. Dê tempo para que ocorra a germinação.

 

Se após fazer a sua parte você não tiver o seu esforço valorizado, continue a plantar sementes de serviço, de boa qualidade e em grande quantidade. Você sabe o que acontece a quem lesa os clientes: perde os negócios. Por outro lado, você sabe o que acontece a quem supre ou excede as expectativas dos clientes: conquista a confiança deles.

 

John Wanamaker, Marshall Field e Sears-Roebuck construíram empresas que se tornaram marcas registradas do comércio nos Estados Unidos. Seu lema é "o cliente sempre tem razão", e eles vão a extremos para cumprir isso, permitindo até mesmo que alguns clientes aproveitem-se deles.

 

Ninguém chega ao sucesso, seja na área que for, sem aplicar o princípio de dar antes de tentar receber, sobretudo nos tempos atuais em que prevalece  a tendência de buscar a riqueza antes de espalhar as sementes do serviço.

 

Todo aquele cuja renda vem da venda de serviços pessoais tem a oportunidade de enganar, seja na qualidade ou na quantidade. Mas, o enganador só engana a si mesmo, pois esse descumprimento do que foi combinado é uma forma de furto que fica marcada na personalidade de quem a pratica e vem à tona mais cedo ou mais tarde.

 

As pessoas são capazes de enganar outras ocasionalmente, sem serem apanhadas. Mas ninguém foge à própria consciência que insere no caráter o registro oficial de atos e ideias.  Uma consciência limpa é um bem incomparável.  A arte do convencimento, seja qual for o negócio, deve estar sempre baseada na fé absoluta no produto à venda. Lembre-se disso quando for oferecer os seus serviços.

 

Ellsworth Milton Statler tornou-se o hoteleiro mais bem-sucedido do mundo na época, ao oferecer aos hóspedes serviço muito superior ao que poderiam esperar pelo preço pago.

 

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"A Vida Toda é uma Parábola"

 

"Tudo o que é transitório não passa de uma imagem"

 

Fausto Goethe

 

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   Texto compilado extraído dos livros:

Parábolas para nosso tempo - As orações de Jesus do autor Vampeto Morais

Parábolas Evangélicas do autor Rodolfo Calligaris

e de livro dos autores Robert Greene e Joost Elffers