DA INGRATIDÃO
DO ROMANTISMO FILOSÓFICO TEMOS:
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“Deem e lhes será dado, pois a medida que usarem também será usada para medir vocês”.
Lucas 6.38
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“ Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo:
Amem os seus inimigos,
façam o bem aos que os odeiam,
abençoem os que os amaldiçoam,
orem por aqueles que os maltratam (...).
Como vocês querem que os outros lhes façam,
façam também vocês a eles.
Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam?
Até os pecadores amam aos que os amam.
Lucas 6.27 – 28, 31-32
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DO MUNDO REAL TEMOS:
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Amigos são as pessoas cujas circunstâncias de não haver razão para a inveja ainda não ocorreu, quando estas existirem coloque a sua barba de molho !
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De modo geral, se formos bondosos e amorosos com as pessoas, elas tenderão a ser bondosas e amorosas conosco.
Isso não significa que podemos tornar uma pessoa bondosas sendo bondosos com ela.
Somos agentes independentes. Assim somos capazes de desprezar o amor, de nos afastar dele e até mesmo de cuspir em sua cara.
Nunca haverá a garantia da reciprocidade, pode-se considerar apenas que existe uma boa possibilidade da reciprocidade.
Ninguém pode prever com absoluta certeza o comportamento humano.
Assim, vejamos o que normalmente ocorre e de que o sábio deve se acautelar
Em meados do século IX, um jovem chamado Miguel III assumiu o trono do Império Bizantino. Sua mãe, a imperatriz Teodora, fora banida para um convento e seu amante, Teoctisto, assassinado. Encabeçando a conspiração estava o tio de Miguel - Bardas - um homem inteligente e ambicioso. Miguel tornou-se um jovem e inexperiente soberano, rodeado de conspiradores, assassinos e devassos. Neste momento de perigo, ele precisava de alguém m quem pudesse confiar para seu conselheiro e pensou em Basílio, seu melhor amigo, que não tinha nenhuma experiência em governo e política - de fato, era o chefe dos estábulos reais, mas tinha provado o seu amor e gratidão diversas vezes.
Os dois haviam se conhecido há poucos anos quando Miguel estava visitando os estábulos na hora em que um cavalo selvagem se soltou, Basílio, jovem cavalariço de uma familia de camponeses da Macedônia, salvou-lhe a vida. Em retribuição, Basílio foi mandado para a melhor escola de Bizâncio e o rude camponês se transformou num cortesão culto e sofisticado.
Agora Miguel era imperador e precisava de alguém fiel. A quem mais ele poderia confiar o posto de camareiro-mor e conselheiro-chefe senão ao jovem que lhe devia tudo ? Ignorando os conselhos de quem recomendava Bardas, muito mais qualificado, Miguel preferiu o amigo.
Basílio aprendeu bem e em breve estava aconselhando o imperador em todas as questões de Estado. O único problema parecia ser o dinheiro- Basílio nunca tinha o suficiente. A exposição aos esplendores da Corte bizantina o tornaram ávido pelos privilégios do poder. Miguel dobrou, depois triplicou o seu salário, deu-lhe um título de nobreza e o casou com sua própria amante. Um amigo e conselheiro tão confiável valia qualquer preço. Mas os problemas não pararam por aí. Bardas estava chefiando o exército e Basílio convenceu Miguel de que o homem era ambicioso demais. Com a ilusão de que poderia controlar o sobrinho, Bardas já havia conspirado para colocá-lo no trono e poderia conspirar novamente, desta vez para se livrar de Miguel e assumir ele mesmo a coroa, Basílio destilou veneno nos ouvidos de Miguel até que o Imperador concordou em assassinar o tio. Logo depois, Basílio pediu para substituir Bardas no posto de chefe do exército, de onde poderia controlar o reino e sufocar as rebeliões. Isso também lhe foi concedido.
O poder e a riqueza de Basílio só aumentavam e , passado algum tempo, Miguel, em dificuldades financeiras por causa das suas próprias extravagâncias, pediu ao amigo que lhe devolvesse parte do dinheiro que durante vários anos lhe emprestara. Para espanto de Miguel, Basílio recusou com tamanha desfaçatez que o imperador percebeu de repente a encrenca em que se metera: o ex-cavalariço tinha mais dinheiro, mais aliados no exército e no senado e, no final, mais poder do que o próprio Imperador. Passadas algumas semanas, depois de uma noitada, bebendo muito, patrocinada por Basílio, Miguel acordou cercado de soldados. Basílio ficou assistindo enquanto eles matavam a punhaladas o Imperador. E aí, proclamando-se imperador, ele atravessou a cavalo as ruas de Bizâncio, brandindo a cabeça do seu ex-benfeitor e melhor amigo espetada numa lança.
MORAL DA HISTÓRIA
Miguel III apostou seu futuro na gratidão que ele achava que Basílio deveria sentir por ele, haja vista que devia ao Imperador a sua fortuna, a sua educação e a sua posição. Só naquele dia fatídico, ao ver o sorriso descarado no rosto de Basílio, é que o Imperador percebeu o erro fatal que tinha cometido. havia criado um monstro. Tinha permitido que um homem visse o poder de perto - um homem que depois quis mais, que pediu tudo e conseguiu, que se sentiu carregando o peso da caridade que recebera e simplesmente fez o que muita gente faz nessa situação: esqueceu os favores que recebeu e imaginou ter conquistado o sucesso por seus próprios méritos.
No momento da revelação, Miguel III ainda poderia ter salvo a sua vida mas a amizade e o amor cegam os homens e eles não enxergam o que é do seu próprio interesse.
Ninguém acredita que um amigo possa trair e continuou acreditando até o dia em que a sua cabeça foi parar na ponta de uma lança.
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Não se deve ser 100% sincero com os amigos e com os inimigos porque nunca se sabe quando um amigo se revelará um inimigo. Às vezes, de onde menos se espera surge alguma vantagem e vice-versa. A paz vale mais do que a verdade.
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NÃO MORRER DEVIDO A DESGRAÇA ALHEIA
Conheça quem está atolado no lodo e espere que o procure em busca de consolo mútuo.
Procuram que os ajuda a carregar a cruz, e os miseráveis estendem os braços a quem um dia na prosperidade viraram as costas.
Cuidado com alguém que se afoga.
Não poderá salvá-lo sem perigo próprio.
BALTAZAR GRACIÁN
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Não vivas dando ajuda:
teus semelhantes não precisam dela;
teus inimigos não as querem e os estúpidos não as entendem
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Se fizeres um favor, nunca o recordes a quem o fez;
Se o receber, nunca te esqueças
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Todos conhecem o ditado que diz:
"só conhecemos alguém quando lhe damos algum poder".
Na Corte os cortesãos pensavam que seu poder era maior se fosse despótico, que não precisavam dialogar para equilibrar, gostavam de impor seus desejos sem mensurar o certo e o errado e vendo moinhos onde não existiam!!
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"Aja de forma que você possa lembrar o passado com gratidão,
alegrar-se com o presente e encarar o futuro sem medo”
Epicuro
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O MESTRE DA LUTA ROMANA
Era uma vez um mestre de luta romana versado em 360 golpes. Ele passou um certo tempo ensinando 359 a um aluno por quem tinha preferência. Nunca chegou a lhe ensinar o último golpe.
Passaram-se alguns meses e o jovem já estava tão perito nessa arte que vencia todos que ousassem enfrentá-lo. Ela estava tão vaidoso da sua capacidade que um dia se vangloriou na frente do sultão dizendo que derrotaria facilmente o seu mestre, não fosse o respeito por sua idade e a gratidão por sua tutela.
O sultão ficou enraivecido com esta irreverência e ordenou que fosse realizada uma competição imediatamente, a que toda a corte real assistiria.
Ao soar do gongo, o jovem avançou gritando, e foi recebido com o golpe número 360. O mestre agarrou o seu ex-aluno, ergueu-o sobre a cabeça e o atirou ao chão. O sultão e a assembleia aplaudiram entusiasticamente. Quando o sultão perguntou ao mestre como ele tinha conseguido vencer um adversário tão forte, o mestre confessou que tinha reservado uma técnica secreta para ele mesmo usar em tal situação.
Em seguida, contou o lamento de um mestre arqueiro que ensinou tudo que sabia. “Todos os que aprenderam comigo a arte do arco e flecha, queixou-se o pobre sujeito, acabaram tentando me usar como alvo”.
UMA HISTÓRIA DE SAADI, CONFORME CONTADA EM A ARTE DO PODER.
R.G.H. SIU, 1979
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"A gratidão é um fruto de uma grande cultura que não se encontra entre homens vulgares"
Samuel Johnson
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A gratidão faz o seu beneficiado sentir-se inferior a quem lhe foi grato. De modo oposto, o ódio faz a vitima do ódio alheio sentir-se superior já que não foi o odiado que deu causa ao ódio do ofensor. Em decorrência dessa psicologia, a gratidão é um peso e o ódio um prazer. Isso também faz com que seja mais fácil retribuir uma vingança do que uma gratidão e que o ódio seja um elemento mais fácil para se unir um grupo.
É muito mais fácil e prazeroso odiar em comum do que amar e ser grato a alguém em comum.
É mais fácil e prazeroso fazer o mal do que o bem, porque o bem nos humilha, torna aquele que nos ajudou superior, a quem nos devemos o favor !!! Assim são 99% das pessoas !!
Relacionando isso ao esporte, em especial ao futebol , podemos dizer que é mais importante ver o adversário vencido do que ver a vitória do próprio time. Podemos até pensar que um torcedor é Corintiano mais por ódio pela inveja do que representa o torcedor são paulino do que pelo amor ao próprio conrintians.
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Uma das melhores formas de gerar um novo impulso interior e novas oportunidades para você e outros de seu ambiente social é parar para escrever um recado de agradecimento às pessoas que influenciam positivamente a sua vida.
Palavras de apreço e reconhecimento são uma das mais poderosas forças do bem no Mundo. Até os charlatões as usam como armas de persuasão.
Expressões de gratidão não custam muito, no entanto, realizam além das expectativas.
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Muita gente pensa que um principe sábio deveria incentivar astuciosamente uma inimizade, de forma que, ao eliminá-lo, ele possa aumentar a sua grandeza. Os príncipes, especialmente os novos, encontraram mais fé e utilidade naqueles homens a quem no início do seu poder viam com suspeita do que naqueles em quem começaram confiando. Pandolfo Petrucci, príncipe de Siena, governou seu Estado mais com aqueles de quem desconfiava do que com os outros.
Nicolau Maquiavel, 1469 - 1527
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Um brâmane, grande especialista nos Vedas e que também foi um ótimo arqueiro, oferece os seus serviços ao seu bom amigo que agora é o Rei.
O brâmane grita ao ver o rei: "
Reconheces-me , meu amigo!"
O Rei lhe responde com desprezo e depois explica:
"Sim, já fomos amigos, mas nossa amizade se baseava na situação que tínhamos ....eu era seu amigo, bom brâmane, porque era do meu interesse.
Nenhum pobre é amigo do rico;
nenhum tolo, do sábio;
nenhum covarde, do corajoso.
Um velho amigo - quem precisa dele?
Só dois homens de igual riqueza e berço ficam amigos.
MAHARABARATA - Século III a.C
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Os homens apressam-se mais a retribuir um dano do que um benefício, porque a gratidão é um peso e a vingança, um prazer.
Tácito - 55 - 120 d.C
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O PESO DA GRATIDÃO
Certa vez, na Idade Média, um soldado mercenário ( um condottiere ) salvou a cidade de Siena de um agressor estrangeiro.
Como os bons cidadãos de Siena iriam recompensá-lo?
Não há dinheiro ou homenagens que paguem a liberdade.
Os cidadãos pensaram em fazer o mercenário senhor da cidade, mas até isso eles decidiram não bastava.
Finalmente, um deles tomou a palavra na assembleia reunida para debater a questão e disse:
“Vamos matá-lo e depois o adoramos como nosso santo patrono”.
E assim fizeram.
O Conde de Carmagnola, entre todos os condottieri, foi um dos mais valentes e bem-sucedidos. Em 1442 ele recebeu um chamado de Veneza . Favorito do povo, ele foi recebido com todas as honras e esplendores. Naquela noite ele ia jantar com o duque no palácio ducal.
A caminho do palácio, entretanto, ele notou que a guarda o conduzia por um caminho diferente do de costume.
Ao cruzar a famosa Ponte dos Suspiros, ele percebeu para onde estavam indo – para a masmorra.
Ele foi condenado sob uma acusação falsa e no dia seguinte, na Praça São Marco, diante de uma multidão horrorizada que não conseguia entender como o seu destino havia mudado tão radicalmente, ele foi degolado.
INTERPRETAÇÃO
Muitos grandes condottieri do renascimento na Itália sofreram o mesmo destino do santo patrono de Siena e do Conde de Carmagnola: venceram várias batalhas seguidas para seus patrões para se verem no final banidos, presos ou executados.
O problema para o condottieri não era apenas o pêso da gratidão devida por aqueles a quem não interessava o seu prestígio, é que havia muitos outros condottieri tão capazes e valentes quanto eles.
Eles eram facilmente substituíveis.
Nada se perdia matando-os.
Era muito melhor, portanto, acabar com eles e contratar um mercenário mais jovem e mais barato.
Esse foi o destino do conde de Carmagnola que estava começando a se mostrar petulante e independente.
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DO PERIGO DA INGRATIDÃO
Sabendo o que pode acontecer se você colocar o dedo na boca de um leão, é melhor não fazê-lo. Com amigos você não terá tanta cautela e, se os contratar, eles o comerão vivo com a sua ingratidão. O sábio lucra mais com seus inimigos do que o tolo com seus amigos.
Baltasar Gracián, 1601 - 1658
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RICHELIEU, MARIA DE MEDICI E O REI LUIS
Em 1623, o rei Luís enfrentava dificuldades. Não tinha ninguém de confiança para aconselhá-lo e, apesar de não ser mais um menino, continuava infantil e as questões de Estado eram difíceis para ele. Agora que ele havia assumido o trono, Maria não era mais a regente e teoricamente não tinha mais poder, mas o filho ainda a escutava e ela lhe dizia sempre que Richelieu era o seu único salvador possível. No início, Luís não queria ouvir – odiava o cardeal e só suportava por amor a Maria. No final, entretanto, isolado na corte e tolhido por suas próprias indecisões, ele concordou com a mãe e nomeou Richelieu primeiro para o posto de conselheiro-chefe, em seguida para o de primeiro-ministro.
Agora Richelieu não precisa mais de Maria de Medici. Deixou de visitá-la e cortejá-la, não ouviu mais as suas opiniões, até discutia com ela e contrariava seus desejos. Mas se concentrava no rei, fazendo-se indispensável ao seu novo senhor. [...]
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O LEÃO, A CAMURÇA E A RAPOSA
Um leão perseguia uma camurça num vale. Estava prestes a agarrá-la, e com olhos cúpidos previa um garantido e satisfatório repasto. Parecia impossível à vitima escapar, uma ravina profunda barrava o caminho tanto do caçador quanto da caça. Mas a ágil camurça, reunindo todas as suas forças, lançou-se como uma flecha sobre o abismo e parou do outro lado sobre uma pedra.
O leão deteve-se abruptamente. Mas naquele momento um grande amigo dele passava por ali. Esse grande amigo era a raposa. “O que!”, ela disse, “com a sua força e agilidade, você vai perder para uma fraca camurça? Basta querer, e será capaz de fazer maravilhas. Embora o abismo seja profundo, se você quiser mesmo, tenho certeza de que o vencerá. Sem dúvida você pode confiar na minha amizade desinteressada. Eu não exporia a sua vida a tanto risco se não conhecesse tão bem a sua força e destreza.”
O sangue do leão ferveu nas veias. Ele se atirou com toda a força ao espaço. Mas não conseguiu vencer o abismo e caiu de cabeça, morrendo na queda. Então, o que fez o seu grande e querido amigo? Desceu cautelosamente até o fundo da ravina, e lá, ao ar livre e no espaço aberto, vendo que o leão não precisava mais de elogios nem de obediência, se dispôs a prestar os últimos exéquias ao amigo morto e, de uma só vez, devorou-o até os ossos.
IVAN KRILOFF, 1768 – 1844
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O indivíduo educado é aquele que aprendeu a conseguir o que lhe é necessário sem violar os direitos alheios. A educação vem de dentro. Consegue-se com empenho, esforço e propósito.
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Tendo visto o sofredor sofrer, envergonhei-me por sua vergonha; ao ajuda-lo, ofendi gravemente seu orgulho. Grandes obséquios não tornam alguém grato, mas sim vingativo; e, se o pequeno benefício não é esquecido, ele vem a se tornar um verme roedor. De bom grado, presenteie como um amigo aos amigos, mas que os desconhecidos e pobres colham eles mesmos os frutos de sua árvore: isso envergonha menos. Mas e os mendigos? Em verdade, é irritante lhes dar e irritante não lhes dar.
Segmento de texto com alterações extraído do Livro "Assim falou Zaratustra" do autor Friedrich Nietzsche
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"Nem sempre gostamos daquelas pessoas com quem nos relacionamos com educação e respeito sobretudo com a "simpatia do falastrão "amigo(a)", observando que isto é de mão-dupla. Hitler já foi muito gentil com os judeus.
O verdadeiro sábio não demonstra grande apreço e confiança pelos amigos, pois não há garantia de que não será traído por eles, como também esconde o desapreço pelos inimigos e sobretudo diretamente para esses, pois não há ninguém tão insignificante que você não possa vir a precisar em algum momento para alguma coisa em sua vida.
Só podemos agir com a imprudência de achar que conhecemos alguém, quando o virmos no limite; ou quando você se encontrar no limite e depender de um amigo para ajuda-lo. Em geral você aprenderá que seu amigo não passava de um "“amigo”"...
Quando vir alguém não agir conforme essa sabedoria, fique quieto e não queira educá-lo. Saiba que a atitude é de tolo e o melhor é ficar longe dos tolos !!!! Não perca seu tempo tentando domesticar animais selvagens. Lobo é lobo, ovelha é ovelha. Ovelha não faz trato com lobo.
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Texto compilado de Livro dos autores Robert Greene & Joost Elffers
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DA INGRATIDÃO DOS FRACOS
Frequentemente, encontramos quem descarregue em alguém suas próprias frustrações e desapontamentos em críticas e acusações desproporcionais ou ilegítimas. Um jeito que muitos fracos acham para não olharem para seus próprios problemas é apontar os problemas alheios, ainda que esses precisem ser inventados.
No entanto, gente forte comprometida com seu desenvolvimento pessoal jamais pergunta de quem vem a crítica ou quem o ofensor pensa que é, mas atenta ao que os fracos dizem, analisam se isso poderá lhe ser útil na melhora do seu caráter. Os fortes sabem que a gente sempre pode melhorar, até com a Judá de quem só pensa em nos destruir.
Só quem não sabe quem é precisa crescer sobre os outros ! Quem sabe, pode até se diminuir, e jamais o fará por vitimismo ou complexo.
“Se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um examine os próprios atos e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém, pois cada um deverá levar a própria carga”
( Gálatas 6:2 NVI )
“Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés de seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Digo-lhes ainda que: nenhum escravo é menor do que o seus senhor, como também nenhum mensageiro é menor do que aquele que o enviou.
(João 13:1-5 e 12-17, NVI)
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A difamação e a calúnia não são de tudo um mal. De duas uma: ou elas dizem a respeito de alguém verdadeiramente perverso, ou atingem a um indivíduo virtuoso. Convir-se-á que, no primeiro caso, é quase indiferente que se diga mal um pouco mais de alguém que seja conhecido por praticá-lo abundantemente. É possível até que o mal que não existe possa esclarecer o que realmente existe e, então, teremos conhecido melhor o verdadeiro malfeitor.
Vise, ao contrário, a calúnia e a difamação, a um homem virtuoso. Que ele não se alarme, todo veneno do caluniador recairá sobre ele mesmo. A calúnia e a difamação para essas pessoas serão uma prova depuradora de que sua virtude será ainda mais brilhante. Por que razão devemos temer os difamadortes e caluniadores num país onde é tão essencial conhecer os maus e aumentar a energia dos bons? Consideremo-los sob o duplo aspecto de um farol e de um estimulante e, em todos os casos, algo extremamente útil.
MARQUÊS DE SADE