O EGOÍSMO, A MISERICÓRDIA E A GRATIDÃO
Há pessoas que consideram o apelo ao seu egoísmo como uma atitude feia e ignóbil. Elas na verdade preferem poder exercitar a caridade, a misericórdia e a justiça, que é a sua maneira de se sentirem superiores a você: quando você lhes implora ajuda, está enfatizando o poder e a posição delas. Elas são fortes o bastante para não precisarem nada de você, exceto a chance de se sentirem superiores.
É este o vinho que as embriaga. Estão morrendo de vontade de patrocinar o seu projeto, apresentar você a pessoas poderosas – desde, é claro, que tudo isto seja feito em público e por uma boa causa ( em geral, quanto mais público melhor )
Nem todos são motivados pelo egoísmo cínico. Algumas pessoas ficarão desconcertadas porque não querem parecer motivadas por essas coisas, mas sim querem uma oportunidade para exibirem o seu bom coração.
Não seja tímido. Dê a elas essa oportunidade. Não é que você esteja abusando da sua boa-fé pedindo ajuda – elas realmente sentem prazer em dar, e serem vistas dando.
Você deve saber diferenciar as pessoas poderosas e descobrir quais são os seus motivos e necessidades básicas. Se elas transpiram ganância, não apele para a sua caridade. Se elas querem parecer nobres e caridosas, não apele para a sua ganância.
A LEI TRANSGREDIDA
No início do século XIV, um jovem chamado Castruccio Castracani passou de soldado comum a senhor da grande cidade de Lucca, na Itália, por meio da ajuda da família mais poderosa da cidade, os Poggio. Depois que ele assumiu o poder, começou a achar que ele a havia esquecido. A ambição foi mais forte que o seu sentimento de gratidão.
Em 1325, enquanto Castruccio estava longe enfrentando a principal rival de Lucca, Florença, os Poggio conspiraram com outras famílias nobres da cidade para se livrar deste príncipe incômodo e ambicioso.
Armando uma rebelião, os conspiradores atacaram e assassinaram o governador que Catruccio tinha deixado no seu lugar para administrar a cidade. Estouraram motins, e os defensores de Catruccio e os dos Poggio estavam em vias de lutar uns contra os outros. No auge da tensão, entretanto, Stefano di Poggio, o membro mais velho da família, interveio e fez ambos os lados baixarem as armas.
Homem pacífico, Stefano não participara da conspiração. Tinha dito à família que aquilo terminaria numa inútil carnificina. Agora ele insistia em interceder em nome da família e convencer castruccio a ouvir suas queixas e satisfazer a suas exigências. Stefano era o mais velho e mais sábio do clã e sua família concordou em confiar mais na diplomacia dele do que nas suas armas.
Quando a notícia da rebelião alcançou castruccio, ele voltou correndo para Lucca. Ao chegar, entretanto, a luta tinha cessado, por intermédio de Stefano, e ele ficou surpresso com a calma e a paz da cidade. Stefano do Poggio tinha imaginado que Castruccio lhe agradeceria por sua participação em sufocar a rebelião, por isso foi fazer uma visita ao príncipe.
Explicou como tinha conseguido a paz, depois implorou a misericórdia de Castruccio. Disse que os rebeldes da sua família eram jovens e impetuosos com sede de poder, mas inexperientes; lembrou a generosidade da sua família com Catruccio no passado. Por todas essas razões, disse ele, o grande príncipe devia perdoar os Poggio e ouvir suas queixas. Isto, ele disse, era a única coisa justa a fazer, visto que a família tinha de bom grado deposto suas armas e sempre o apoiara.
Castruccio ouviu paciente. Não parecia nem um pouco zangado ou ressentido. Pelo contrário, disse a Stefano que ficasse tranquilo porque a justiça prevaleceria, e lhe pediu que trouxesse toda a sua família ao palácio para conversarem sobre suas queixas e chegarem a um acordo.
Ao se despedirem, Castruccio disse que agradecia a Deus pela oportunidade que lhe deram de mostrar sua clemência e bondade. Naquela noite, a família Poggio inteira foi ao palácio. Castruccio imediatamente mandou-os prender e em poucos dias foram todos executados, inclusive Stefano.
INTERPRETAÇÃO
Stefano di Poggio é a personificação de todos aqueles que acreditam que a justiça e a nobreza da sua causa prevalecerão. Sem dúvida, apelos à justiça e à gratidão ocasionamente tiveram êxito no passado; com mais frequência, porém, suas consequências foram medonhas, em especial nas negociações com os Castruccio da vida.
Quando disseram a Castruccio que tinha sido uma coisa terrível matar um velho amigo, ele respondeu que não tinha executado um velho amigo mas, sim, um novo inimigo. Pessoas como Castruccio só conhecem a força e o egoísmo.
Stefano di Poggio ainda tinha opções: poderia ter oferecido dinheiro a Castruccio; poderia ter feito promessas para o futuro; poderia ter mostrado que os Poggio continuariam contribuindo para o poder de Castruccio – a sua influência sobre as famílias mais importantes de Roma, por exemplo, e o grande casamento que poderiam ter intermediado. Mas Stefano foi falar do passado e de dívidas que não acarretavam obrigações. Não só um homem não é obrigado a ser grato, como a gratidão quase sempre é uma carga terrível da qual ele tem prazer em se descartar pois o faz sentir-se culpado e devedor. E, neste caso, Castruccio se livrou das suas obrigações para com os Poggio eliminando-os.
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Os vestígios de um inimigo podem se tornar ativos como os de uma doença ou fogueira. Devem, portanto, ser extintos totalmente... Não se deve jamais ignorar um inimigo, achando que ele é fraco. Ele se tornará perigoso no devido tempo, como uma faísca num monte de feno.
KAUTILYA, FILÓSOFO INDIANO, SÉCULO 3 a.C
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Para conseguir as coisas, não se deve ter misericórdia
KAUTILYA, FILÓSOFO INDIANO, SÉCULO 3 a.C
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Para obter a vitória definitiva, é preciso ser cruel.
NAPOLEÃO BONAPARTE, 1769 - 1821
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Um padre perguntou ao moribundo estadista e general espanhol Ramón Maria Narváez ( 1800 - 1868 ), "Vossa Excelência já perdoou todos os seus inimigos?" "Não preciso perdoar meus inimigos", respondeu Narváez, "Já mandei matar todos."
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Uma Víbora esmagada sob o seu pé mas ainda viva vai se erguer e morder você com uma dose dupla de veneno.
Um inimigo por perto é como uma víbora semimorta a quem você ajuda a recuperar a saúde.
O tempo fortalece o veneno.
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É preciso notar que os homens devem ser afagados ou então aniquilados; eles se vingarão de pequenas ofensas, mas não poderão fazer o mesmo nas grandes ofensas; quando ofendemos um homem, portanto, devemos fazê-lo de modo a não ter de temer a sua vingança
Nicolau Maquiavel, 1469 - 1527
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Todos os grandes líderes, desde Moiséis, sabem que o inimigo perigoso deve ser esmagado totalmente. Se restar uma só brasa, por menor que seja, acabará se transformando numa fogueira. Perde-se mais fazendo concessões do que pela total aniquilação: o inimigo se recuperará e quererá vingança. Esmague-o, como eles o esmagariam. A única paz e segurança que você pode esperar dos seus inimigos é quando eles desaparecem.
Raramente se deve ignorar esta lei, mas acontece que às vezes é melhor deixar que os seus inimigos se destruam, se isso for possível, do que fazê-los pelas suas próprias mãos. Se você tem alguém com a corda no pescoço - e você tiver certeza de não haver chances de recuperação - então é melhor deixar que ele se enforque. Que ele mesmo seja o agente da sua própria destruição.
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A LEI OBSERVADA
Em 433 a.C, pouco antes da Guerra do Peloponeso, a ilha de Corcira e a cidade-estado grega de Corinto estavam na iminência de um conflito. Ambas as partes enviaram embaixadores a Atenas para tentar conquistar os atenienses para o seu lado. Havia muita coisa em jogo, pois quem Atenas apoiasse certamente venceria. E quem vencesse a guerra sem dúvida não teria misericórdia do derrotado.
Corcira falou primeiro. Seu embaixador começou reconhecendo que a ilha jamais havia ajudado os atenienses antes e que, de fato, se aliara aos inimigos de Atenas. Não havia laços de amizade ou gratidão entre Corcira e Atenas. Sim, o embaixador admitiu, viera a Atenas porque estava com medo e preocupado com a segurança de Corcira. A única coisa que tinha para oferecer era uma aliança de interesses mútuos. Corcira tinha uma armada que só a de Atenas superava em força e tamanho; uma aliança entre os dois estados criaria uma força formidável, capaz de intimidar o estado rival de Esparta. Isso, infelizmente, era tudo que Corcira tinha a oferecer.
O representante de Corinto fez então um brilhante e apaixonado discurso, em nítido contraste com a seca e pálida abordagem do corcírio. Ele falou de tudo que Corinto tinha feito por Atenas no passado. Perguntou o que os outros aliados achariam se os atenienses preferissem fazer um acordo com um antigo inimigo em vez do maigo atual, que tinha servido lealmente aos interesses de Atenas: talvez esses aliados rompessem seus acordos com Atenas se vissem desvalorizada a sua lealdade. Ele se referiu à lei helênica, e à necessidade de recompensar Corinto por todas as suas boas ações. Finalmente relacionou os muitos serviços que a sua cidade prestara a Atenas e a importância de mostrar gratidão aos amigos.
Depois do discurso, os atenienses debateram a questão em assembleia. Na segunda rodada, votaram em peso a favor da aliança com Corcira e abandonaram Corinto.
INTERPRETAÇÃO
A história associa os atenienses à nobreza, mas eles foram os grandes realistas da Grécia clássica. Com eles toda a retórica, todos os apelos emocionais do mundo não se comparavam a um bom argumento pragmático, especialmente se contribuísse para aumentar o seu poder.
O embaixador de Corinto não sabia que as referências à generosidade passada de Corinto só faria irritar os atenienses, ao pedir-lhes sutilmente que se sentissem culpados e devedores. Os atenienses estavam pouco se importando com favores passados e sentimentos de amizade. Atenas governava o seu império pela força e, simplesmente, forçaria qualquer aliado rebelde a voltar para o seu canto.
Quando as pessoas escolhem entre falar do passado e falar do futuro, a pessoa pragmática sempre opta pelo futuro e esquece o passado. Como os corcírios perceberam, é sempre melhor falar pragmaticamente com uma pessoa pragmática. E, afinal, as pessoas na sua maioria são pragmáticas – raramente agem contrariando os seus próprios interesses.
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A regra sempre foi que os fracos devem se submeter aos fortes; e além disso, nos consideramos merecedores do nosso poder. Até o presente momento, vocês também pensavam assim; mas agora, depois de avaliar os seus prórpios interesses, começam a falar em termos do que é certo e do que é errado.
Representante ateniense a Esparta, citado em A Guerra do Peloponeso, de Tucídides, 465-395 a.C.
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Japão e Holanda são culturas muito diferentes, mas as duas têm a mesma eterna e universal preocupação: o próprio interesse. Cada pessoa com quem você lida é como se fosse uma outra cultura, uma terra estranha com um passado que nada tem a ver com o seu. No entanto é possível desfazer as diferenças entre os dois apelando para o egoísmo do outro. Não seja sutil: você tem um conhecimento valioso para dividir; você vai encher os cofres dele de ouro, você tornará a sua vida mais longa e feliz. Esta é uma linguagem universal que todos falam e compreendem
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A LEI OBSERVADA
Quando os mongóis invadiram a China, no século XII, eles ameaçavam apagar uma cultura próspera com mais de dois mil anos. Seu líder, Genghis Khan, não via nada na China a não ser um país sem pastos para seus cavalos e decidiu destruir tudo, arrasar todas as suas cidades, pois “era melhor exterminar os chineses e deixar a grama crescer”.
Não foi um soldado, um general ou um rei quem salvou os chineses da devastação, mas um homem chamado Yelu Ch’u-Ts’ai. Ele mesmo um estrangeiro. Yelu Ch’u-Ts’ai aprendera a valorizar a superioridade da cultura chinesa. Conseguiu se fazer conselheiro de confiança de Genghis Khan e o convenceu de que conseguiria colher muitas riquezas naquele lugar se, em vez de destruí-lo, simplesmente obrigasse todos os que viviam ali a pagar impostos. Khan viu sabedoria nisso e seguiu o conselho.
Quando Khan tomou a cidade de Kaifeng e decidiu massacrar seus habitantes, Ch’u-Ts’ai lhe disse que os melhores artesãos e engenheiros da China tinham fugido para Keifeng e que seria melhor aproveitá-los. Kaifeng foi poupada. Nunca Genghis Khan tinha sido tão “clemente”.
Ch’u-Ts’ai conhecia bem Genghis Khan. Ele era um camponês bárbaro que não ligava para a cultura, ou na verdade para nada que não fosse guerra e resultados práticos. Ch’u-Ts’ai apelou para o único sentimento que funcionava com um homem desse tipo: a ganância.
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A CORDA QUE UNE
A corda da misericórdia e da gratidão têm poucas fibras e se romperá ao primeiro choque. Não jogue esta corda salva-vidas.
A corda do egoísmo mútuo é tecida com muitas fibras e não se parte facilmente e, ainda, vai lhe servir por muitos anos.
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A maneira mais rápida e eficaz de fazer fortuna é deixar as pessoas verem claramente que é do interesse delas promover o seu.
Jean de La Bruyère, 1645 - 1696
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CONCLUSÃO
Você vai se encontrar constantemente na posição de ter que pedir ajuda aos mais poderosos. Pedir ajuda é uma arte que depende da sua capacidade para compreender a pessoa com quem está lidando, e não confundir o que você precisa com as necessidades dela.
As pessoas, na sua maioria, não conseguem isso porque estão totalmente presas aos seus próprios desejos e necessidades. Elas começam supondo que as pessoas com quem estão lidando têm um interesse altruísta em ajudá-las. Falam como se as suas necessidades tivessem alguma importância para estas pessoas – que provavelmente não estão dando a mínima.
À vezes elas se referem a questões maiores: uma grande causa, ou emoções grandiosas como amor e gratidão. Preferem o quadro geral, quando as simples realidades cotidianas seriam muito mais atraentes.
O que elas não percebem é que até a pessoa mais poderosa está presa ao seu próprio conjunto de necessidades e que se você não acenar para o seu egoísmo ela simplesmente o verá como alguém desesperado ou, na melhor das hipóteses, uma perda de tempo.
O egoísmo é a alavanca que move a maioria das pessoas. Se conseguir que elas vejam que você pode, de alguma forma, satisfazer as suas necessidades ou favorecer a sua causa, a resistência aos seus pedidos de ajuda desparece como por um passe de mágica.
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O CAMPONÊS E A MACIEIRA
Um camponês tinha no seu jardim uma macieira que não dava frutos, servia apenas de poleiro para pardais e gafanhotos. Ele resolveu cortá-la fora e pegando o seu machado golpeou firme as suas raízes.
Os gafanhotos e os pardais lhe imploraram para não cortar a árvore que lhes servia de abrigo, que a poupasse, e eles cantariam para ele e alegrariam o seu trabalho enquanto vivessem. O camponês não deu atenção ao pedido e desfechou sobre a árvore o segundo e o terceiro golpes com o machado.
Atingindo o oco da árvore ele encontrou uma colmeia cheia de mel. Provando o favo, jogou fora o machado e, olhando a árvore como sendo sagrada, cuidou muito bem dela. O egoísmo comove mais do que a misericórdia e a gratidão.
Fábula Esopo, Século 6 a.C
MORAL DA HISTÓRIA
Se precisar pedir ajuda a um aliado, não se preocupe em lembrar a ele a sua assistência e boas ações no passado. Ele encontrará um meio de ignorar você. Em vez disso, revele algo na sua solicitação, ou na sua aliança com ele que o beneficiará e exagere na ênfase que ele reagirá entusiasmado se vir que poderá lucrar alguma coisa com isso.
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Os homens na sua maioria são tão subjetivos que nada realmente os interessa, a não ser eles mesmos.
Pensam sempre no seu próprio caso, assim que é feita uma observação, e toda a sua atenção é monopolizada e absorvida à menor referência casual a qualquer coisa que os afete pessoalmente, por mais remota que seja.
Arthur Schopenhauer, 1788-1860
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Uma alma delicada se sente mal quando sabe que receberá agradecimentos.
Uma alma grosseira se sente mal quando sabe que precisa agradecer a alguém
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Uma das melhores formas de gerar um novo impulso interior e novas oportunidades para você e outros de seu ambiente social é parar para escrever um recado de agradecimento às pessoas que influenciam positivamente a sua vida.
Palavras de apreço e reconhecimento são uma das mais poderosas forças do bem no Mundo. Até os charlatões as usam como armas de persuasão.
Expressões de gratidão não custam muito, no entanto, realizam além das expectativas.
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Diz uma antiga lenda chinesa que um discípulo perguntou ao mestre: - Qual é a diferença entre céu e inferno? E o mestre respondeu: - É muito pequena e, no entanto, tem grandes consequências. Venha, vou lhe mostrar o inferno.
Entraram em uma casa onde havia algumas pessoas sentadas ao redor de uma grande panela de arroz. Todas estavam famintas e desesperadas. Cada uma delas tinha uma colher presa pela ponta do cabo à mão, que chegava até a panela. mas os cabos eram tão compridos que elas não podiam levar as colheres à boca. O desespero e o sofrimento eram terríveis.
-Venha - disse o mestre, passado um instante. - Agora vou lhe mostrar o céu. Entraram em outra casa, idêntica à primeira. Ali também havia uma panela de arroz, algumas pessoas e as mesmas colheres compridas, mas todos estavam felizes e alimentados.
Disse o discípulo: - Não entendo porque estão muito mais felizes que as pessoas da outra casa, se têm exatamente o mesmo? - Não percebeu? - sorriu o mestre. - Como o cabo da colher é muito comprido, é impossível levar a comida à própria boca com ela. Mas aqui eles aprenderam a alimentar uns aos outros.
Texto extraído do livro "Nietzsche para estressados", do autor Allan Percy
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Textos compilados de livro dos autores Robert Greene e Joost Elffers
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Quem nunca se viu rodeado de pessoas que ficam contabilizando as vezes que ajudou outra pessoa para depois poder cobrá-la com uma ajuda que desejaria receber ? O Mundo está cheio de gentilezas planejadas, de amizades que só importam enquanto é feito o que interessa aos outros.
Foco é dizer “não”
Steve Jobs
A verdadeira gratidão é não esperar ou exigir dos outros aquilo que nos interessa e sim o que eles podem e querem fazer por nós.
No Mundo são perigosos a piedade e a benevolência. A bondade geralmente esconde uma fraqueza que a ingratidão e a impertinência dos fracos forçam sempre os que a praticam a se arrepender.
Cuidado com os apelos falaciosos da ternura. Comumente, mais vale recusar aquilo que de fato tenha sido feito para interessá-lo do que arriscar-se a um intrigante ou a um charlatão. Há que ficar atento aos sofismas intelectuais. Os desgraçados consolam-se em ver outros sofrerem perto deles, ainda mais se são invejados.
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DA GENTILEZA DOS FORTES E INTELIGENTES
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“Você sempre terá tudo o que quer na vida, se ajudar outras pessoas a conseguirem o que querem”
Zig Ziglar
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Uma das marcas de verdadeira grandeza é desenvolver a grandeza nos outros.
Determine-se a fazer outras pessoas felizes e bem-sucedidas.
As pessoas têm a capacidade de se tornarem o quê você as encoraja a serem.
O que elogiamos, nós aumentamos. Desenvolva a grandeza nos outros.
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“Trate as pessoas como se fossem o que deveriam ser, e ajude-as a se tornarem o que são capazes de ser.”
Goethe
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Uma boa ação gera lucro.
Não se pode acender uma lanterna para iluminar o caminho de outra pessoa sem que se ilumine o próprio.
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“Não existe ocupação mais nobre do que a de ajudar outro ser humano a ter sucesso.”
Allan MacGinnis
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“O verdadeiro sentido da vida está em plantar árvores sob cujas sombras você não tem a intenção de se sentar”
Nelson Henderson
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A maior utilidade de sua vida está em se dedicar a algo e a alguém que viverá por mais tempo.
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“Se não puder vencer, ajude a quem está à sua frente a quebrar o recorde”
Jan Mckeithen
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Invista nos outros, você receberá grandes dividendos
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CUIDADO COM AS GENTILEZAS DOS POBRES E DOS FRACOS
“Quanto maior a gentileza, maior o egoísmo”
Os fracos dependem muito do bom relacionamento com “amigos” e “familiares” de quem podem precisar pedir ajuda. Pessoas com poucos recursos e uma posição social de frágil estabilidade precisam contar mais com os outros. Assim, estrategicamente, os fracos são particularmente ‘atenciosos’ com os outros e com as ‘necessidade alheias’. Os fortes, por outro lado, podem contratar/pagar pela ajuda. Isso significa que as pessoas ricas podem se dar ao luxo de se preocupar menos com as necessidades alheias e, dessa forma, prestar menos atenção aos outros e ao sofrimento alheio. Exatamente da forma que os pobres, os fracos, agiriam se estivessem no lugar do forte, do rico, se estivessem em um ‘galho forte’.. Por isso também que os macacos que vivem em ‘galhos fortes’ (pessoas ricas) são mais reservadas enquanto os macacos que vivem em ‘galhos fracos’ (fracos, pobres) estão sempre fazendo carnaval para demonstrar intimidade, simpatia, carinho e envolvimento com a desgraça alheia, embora no íntimo sintam um enorme prazer com a desgraça do forte, do rico. E, para tal, estão sempre mais atentos às emoções das pessoas ‘ amigas’ a quem tentam bajular.
Os fracos quando não conseguem seus interesses com as artimanhas da falsa amizade, falsa benevolência, comumente fazem acusações levianas de ingratidão, quando não caluniam também. Contudo, os fortes sabem que a ingratidão, em lugar de ser um vício é, às vezes, uma virtude das almas fortes, assim como a benevolência é a virtude das almas fracas, inseguras. O escravo a prega ao seu senhor porque tem necessidade dela, também o boi ou o asno a preconizariam se soubessem falar. Porém o mais forte, mais bem guiado pela sua razão e pela natureza, não deve se entregar a quem o serve ou a quem o adula. Que eles sirvam tanto quanto queiram, se isto lhes dá prazer, mas que jamais exijam nada em troca.
DA INGRATIDÃO DOS FRACOS
Frequentemente, encontramos quem descarregue em alguém suas próprias frustrações e desapontamentos em críticas e acusações desproporcionais ou ilegítimas. Um jeito que muitos fracos acham para não olharem para seus próprios problemas é apontar os problemas alheios, ainda que esses precisem ser inventados.
No entanto, gente forte comprometida com seu desenvolvimento pessoal jamais pergunta de quem vem a crítica ou quem o ofensor pensa que é, mas atenta ao que os fracos dizem, analisam se isso poderá lhe ser útil na melhora do seu caráter. Os fortes sabem que a gente sempre pode melhorar, até com a Judá de quem só pensa em nos destruir.
Só quem não sabe quem é precisa crescer sobre os outros !
Quem sabe, pode até se diminuir, e jamais o fará por vitimismo ou complexo.
“Se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.
Cada um examine os próprios atos e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém, pois cada um deverá levar a própria carga”
( Gálatas 6:2 NVI )
“Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés de seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Digo-lhes ainda que: nenhum escravo é menor do que o seus senhor, como também nenhum mensageiro é menor do que aquele que o enviou..
(João 13:1-5 e 12-17, NVI)
A difamação e a calúnia não são de tudo um mal. De duas uma: ou elas dizem a respeito de alguém verdadeiramente perversso, ou atingem a um indivíduo virtuoso. Convir-se-á que, no primeiro caso, é quase indiferente que se diga mal um pouco mais de alguém que seja conhecido por praticá-lo abundantemente. É possível até que o mal que não existe possa esclarecer o que realmente existe e, então, teremos conhecido melhor o verdadeiro malfeitor.
Vise, ao contrário, a calúnia e a difamação, a um homem virtuoso. Que ele não se alarme, todo veneno do caluniador recairá sobre ele mesmo. A calúnia e a difamação para essas pessoas serão uma prova depuradora de que sua virtude será ainda mais brilhante. Por que razão devemos temer os difamadortes e caluniadores num país onde é tão essencial conhecer os maus e aumentar a energia dos bons? Consideremo-los sob o duplo aspecto de um farol e de um estimulante e, em todos os casos, algo extremamente útil.
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O indivíduo educado é aquele que aprendeu a conseguir o que lhe é necessário sem violar os direitos alheios.
A educação vem de dentro.
Consegue-se com empenho, esforço e propósito.
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"Nem sempre gostamos daquelas pessoas com quem nos relacionamos com educação e respeito sobretudo com a "simpatia do falastrão "amigo(a)", observando que isto é de mão-dupla. Hitler já foi muito gentil com os judeus.
O verdadeiro sábio não demonstra grande apreço e confiança pelos amigos, pois não há garantia de que não será traído por eles, como também esconde o desapreço pelos inimigos e sobretudo diretamente para esses, pois não há ninguém tão insignificante que você não possa vir a precisar em algum momento para alguma coisa em sua vida.
Só podemos agir com a imprudência de achar que conhecemos alguém, quando o virmos no limite; ou quando você se encontrar no limite e depender de um amigo para ajuda-lo. Em geral você aprenderá que seu amigo não passava de um "“amigo”"...
Quando vir alguém não agir conforme essa sabedoria, fique quieto e não queira educá-lo. Saiba que a atitude é de tolo e o melhor é ficar longe dos tolos !!!! Não perca seu tempo tentando domesticar animais selvagens. Lobo é lobo, ovelha é ovelha. Ovelha não faz trato com lobo.
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"Se um vagabundo não o incomoda, é porque você mesmo se tornou, de algum modo, um tipo de vagabundo"
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"O espelho reflete o rosto de um homem, mas o que ele realmente é se demonstra pelo tipo de amizade que cultiva"
Provérbios
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"Fique longe da influência daqueles que querem levá-lo de mal a pior"
E.K.Piper
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"Se voc~e dá dois passos à frente e um para trás, é sempre porque se associou a pessoas erradas na vida"
ditado búlgaro
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"Quem dorme com cães acorda com pulgas"
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Mostra-me a quem honras e eu te mostrarei quem és; pois estarás mostrando qual é o teu ideal humano, o tipo de homem que anseias ser"
Thomas Carlyle
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Invista em bons relacionamentos.
Nunca aceite conselhos de pessoas improdutivas.
Tenha cuidado aonde pára a fim de pedir orientação na estrada da sua vida.
Sábio é aquele que fortalece sua vida fazendo as amizades certas.
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À medida que crescemos, nossas associações mudam. Alguns de nossos amigos não desejarão que avancemos e sim que fiquemos onde eles estão. "amigos" que não o ajudam a subir farão tudo para que você se mova lentamente. Aqueles que não lhe acrescentam, no fim das contas irão lhe subtrair algo.