VIVENDO DE APOSTAS
Numa pequena cidade, um homem alto, forte, bonitão, bem vestido, todos os dias fazia suas refeições nos melhores restaurantes, dormia nos melhores hotéis, enfim, parecia um cara muito rico, e todos desconfiavam de seu tipo de vida.
A coisa foi tão longe que, chegou nos ouvidos do Delegado que o chamou para um pequeno depoimento:
“Dizem que você é rico, vive nos melhores hotéis, restaurantes, sempre bem vestido, afinal, de onde ganhas tanto dinheiro?
”O cara respondeu:
“ Seu delegado, eu vivo de apostas e geralmente eu ganho.”
“Isso é impossível. Você uma hora tem que perder. Vamos fazer um teste?”
O Delegado topou em fazer uma aposta.
"Seu Delegado, vamos apostar R$ 500,00 como eu mordo meu olho direito?”
“Tá apostado!” Ele tirou o olho de vidro e mordeu.
O Delegado ficou furioso com o deboche.
“Seu Delegado, vamos apostar mais R$ 500,00 como eu mordo o meu outro olho?” (o delegado pensou: um é de vidro e outro não pode ser). Apostado! O cara tirou a dentadura e mordeu o outro olho.
O Delegado ficou mais furioso ainda.
Então o cara falou assim para o Delegado:
“Seu Delegado, eu aposto R$ 1.000,00 como o Senhor tem hemorroida.” (o delegado pensou... eu não tenho hemorroida, ele vai perder desta vez).
O Delegado respondeu: ”Tá apostado!”
Então os dois foram para trás da delegacia, o Delegado tirou a calça e o cara enfiou o dedo no r. do Delegado, rodando de um lado para o outro e afirmou: “É, o Senhor realmente não tem hemorroidas!”
O Delegado respondeu: “Então como você vive de apostas... acabou de perder uma...”
Eis que o cara respondeu:
“Seu Delegado, o senhor está vendo este condomínio ali do lado?” “Estou sim, e daí?” “Pois é, eu apostei com todo mundo daquele prédio, que enfiaria o dedo no c. do Delegado.” “O que?” “Pois é então acho que ganhei de novo!!”
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Brincadeiras à parte. Enquanto vigorava a Lei Seca nos Estados Unidos, havia uma cidadezinha mexicana, ao sul da Califórnia. Para lá 40 mil homens e mulheres atravessavam a fronteira para beber e jogar. A quantidade de pessoas levianamente entregue ao jogo era significativa para a região na época.
Então, investigou-se quantos daqueles indivíduos que tentavam ganhar alguma coisa em troca de nada, eram bafejados pela sorte.
Autoridades do governo informaram que, em uma estimativa cautelosa, menos de 300 daquelas 40 mil pessoas que iam ao México todo domingo voltavam para casa com mais dinheiro do que haviam levado. Por outro lado, as autoridades supunham que os donos de bares e cassinos ganhassem, em um só dia, uma média de 10 dólares por pessoa, ou seja: 400 mil dólares!
Elas calculavam, ainda, que as 300 pessoas que tinham algum lucro levavam no máximo 20 dólares cada, o que custava aos proprietários de bares e cassinos apenas 6 mil dólares.
Compare as quantias e veja qual é a possibilidade de sucesso para quem tenta receber sem dar !
As probabilidades desfavoráveis que rondam quem tenta receber sem dar aplicam-se também a quem tenta receber antes de fornecer um serviço adequado, como acontece com os apostadores. Em geral, os que procuram colher sem semear acreditam-se suficientemente espertos para ganhar o jogo. Isso é impossível.
Todo aquele cuja renda vem da venda de serviços pessoais tem a oportunidade de enganar, seja na quantidade ou na qualidade. Mas, o enganador só engana a si mesmo, pois esse descumprimento do que foi combinado é uma forma de furto que fica marcada na personalidade de quem pratica e vem à tona mais cedo ou mais tarde.
As pessoas, em sua maioria, são capazes de enganar outras ocasionalmente, sem serem apanhadas. Mas ninguém foge à própria consciência, que insere no caráter o registro oficial de atos e ideias.
Uma consciência limpa é um bem incomparável.